Antes ignoradas como simples “matos”, as Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs) estão ganhando destaque na culinária contemporânea. O termo, cunhado pelo renomado botânico Valdely Kinupp, refere-se a uma variedade de plantas comestíveis muitas vezes encontradas em ambientes urbanos e rurais, mas subestimadas em termos culinários. Graças ao esforço de hortelões urbanos, essas plantas estão sendo resgatadas e apreciadas por chefs e entusiastas da alimentação natural.
As PANCs não apenas oferecem novos sabores, mas também são ricas em proteínas e minerais, conferindo benefícios nutricionais significativos. Nutricionistas como Neide Rigo, autora do blog Come-se, incentivam o consumo dessas plantas, ressaltando a importância de identificá-las corretamente para evitar riscos. Além disso, o preparo adequado, como o escaldamento ou cozimento, ajuda a minimizar qualquer toxicidade potencial.
Dentre as inúmeras espécies de PANCs, algumas podem ser consumidas cruas em saladas, enquanto outras requerem preparo prévio. Desde capuchinha até taioba, essas plantas oferecem uma variedade de sabores e texturas para explorar na cozinha. Elas podem ser refogadas, adicionadas a massas, molhos ou consumidas como acompanhamentos.
Para os curiosos gastronômicos, há uma infinidade de possibilidades com as PANCs. Desde temperos pouco conhecidos até ervas exóticas, essas plantas oferecem uma experiência culinária única e excitante. Com orientações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), você pode descobrir como cultivar e preparar suas próprias PANCs em casa, adicionando um toque de originalidade e saúde às suas refeições.
Conheça as características de cultivo e formas de aproveitamento de algumas das pancs mais gostosas: Capuchinha, Galinsoga, Ora-Pro-Nobis, Peixinho, Serralha, Taioba e Tansagem.